Compra, arrendamento e construção sofrem aumento em Portugal
Quanto custa viver em Portugal em 2023? A HelloSafe Portugal reúne todas as informações para mostrar um panorama do preço dos alojamentos no país. Entre todas as opções disponíveis, mostramos as diferenças por regiões e o quanto o preço aumentou no último ano, para ajudar a fazer a melhor escolha entre comprar, arrendar e construir.
COMPRAR
2 066 €
é a média do m² para compra hoje em Portugal
ARRENDAR
8,82 €
é a média atualmente do m² do arrendamento em Portugal
CONSTRUIR
532 €
é valor médio de m² de construção em Portugal
Apenas quatro capitais estão acima do preço médio nacional por m² para compra
O preço médio por m² para comprar um alojamento nas capitais de Portugal é agora de 2 066 €, mas este valor deve-se principalmente a duas cidades: Lisboa, que é 115% mais cara do que a média do país (4 451 €) e Porto, onde um alojamento custa pelo menos 36% mais do que em outras regiões (2 220 €). Segue-se Faro, que é 13% mais caro (2 333 €) e Funchal em 12% mais (2 313 €).
Na direcção oposta, as capitais da Guarda e de Castelo Branco são respectivamente 80% e 78%, mais baratas do que a média nacional.
Além disso, o preço do m² para compra nas 20 capitais portuguesas aumentou 9,65% nos últimos 12 meses, quando se situava em 1 884 €.
Fonte: INE e Índice Alfredo
Novas habitações custam, em média, 12% mais do que alojamentos já existentes
De acordo com os últimos dados disponíveis sobre o valor médio das vendas por m² de habitações familiares, em 2022, os portugueses pagaram cerca de 12,35% mais para comprar novas propriedades do que as existentes. A maior diferença foi sentida na Madeira, onde a diferença de preço um alojamento familiar usado para um novo é cerca de 17,31% mais caro. Nos Açores, onde a diferença é menor, um comprador paga 7,84% mais por um alojamento novo. No continente, a porcentagem é 12,65% mais, enquanto a média nacional é de 12,35% mais para uma nova propriedade.
Fonte: INE
Oito municípios pagam mais do que a média nacional por m² de renda
O INE divulga a cada três meses, o valor dos contratos de arrendamento firmados durante trimestre. De acordo com os últimos dados divulgados, a média nacional por m² é de 8,82 €, mas entre as cidades com mais de 100 mil habitantes do país, oito excedem esta média. Estes são: Almada, Amadora, Cascais, Lisboa, Matosinhos, Odivelas, Oeiras e Porto.
Cascais é a cidade com a renda mais alta do país, ultrapassando até Lisboa. Um alojamento de 60 m² custa em média 817,20 € por mês, enquanto em Guimarães, que é a cidade com o m² mais barato da lista de municípios com mais de 100.000 habitantes, um alojamento com o mesmo tamanho custa em média 268,80 € mensais, menos 67%.
Além disso, em 2022, os novos contratos de arrendamento em Portugal sofreram um reajuste médio de 10,94% em relação a 2021. O aumento é quase o dobro registado de 2020 para 2021, quando a percentagem média de reajustamento foi de 5,71%.
Fonte: INE
Inflação dos materiais de construção e mão-de-obra atinge recorde em 2022
Desde janeiro de 2001, o INE (Instituto Nacional de Estatística) tem vindo a divulgar, mês a mês, o índice de custo de materiais de construção e mão-de-obra em Portugal. Ao longo deste período, o nível mais alto atingido tinha sido em Julho de 2008, quando a média total do aumento para construção (entre materiais (12%) e mão-de-obra (4%)) no mês ficou em 9%. Mas durante o ano de 2022, o índice atingiu as piores taxas de inflação para os materiais de construção e trabalho, chegando ao seu máximo histórico em Abril quando atingiu 14,4%. Os últimos dados divulgados são de Novembro de 2022.
O Código do Imposto Municipal aprovou em 3 de janeiro, a Portaria n.º 7- A / 2023 que fixou o valor médio de construção por m² a 532 €. Este valor é utilizado como parte do o cálculo de imposto sobre habitação em Portugal e em edifícios novos. Embora não seja actualizado anualmente, em 2022 este valor já tinha sido recalculado e agora, sofre uma nova alteração em 2023, reflectindo a elevada inflação que o sector tem vindo a sofrer.
Fonte: INE
Metodologia
Além de uma linha editorial especializada em garantias e produtos financeiros, a HelloSafe propõe maiores relações à consumação global de Portugal e do mundo. Nosso objectivo é decifrar certos números e assuntos para deixar a disposição dos nossos consumidores.
Este estudo foi feito baseado a partir de análises dos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e também pelo Índice de Preços Alfredo, que é divulgado mensalmente. Para as informações baseadas nas estatísticas do INE, foram utilizados os dados mais recentes disponíveis em cada caso. Nosso intuito é clarear os preços de opções de moradia em Portugal para quem estuda as possibilidades do mercado imobiliário neste momento e ajudar nossos consumidores a fazer a melhor escolha.
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Silvana Theodoro
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