Devo comprar ações do Banco Comercial Português em 2025?

O que é o Banco Comercial Português?

Quanto valem as ações do Banco Comercial Português?

O preço da ação do Banco Comercial Português está a subir esta semana. Atualmente, a cotação encontra-se nos €0,6710, registando uma valorização de +1,33% nas últimas 24 horas e um ganho semanal de +7,02%. A capitalização bolsista atinge €10.056 milhões, com um volume médio nos últimos 3 meses de 88.293.027 ações. O PER é de 11,18, o rendimento do dividendo é de 2,57% e o beta do título está nos 0,84. O desempenho recente sugere potencial de valorização, mas é importante considerar a volatilidade acima da média do mercado.

A nossa análise completa sobre a ação do Banco Comercial Português

Após uma revisão rigorosa dos resultados financeiros mais recentes do Banco Comercial Português (BCP), bem como da sua evolução bolsista dos últimos três anos, cruzando indicadores fundamentais, sinais técnicos, dados de mercado e análise comparativa com concorrentes via os nossos algoritmos proprietários, evidencia-se um cenário particularmente construtivo para o principal banco cotado português. Perante o dinamismo registado na cotação, a robustez das métricas operacionais e as perspetivas demonstradas pelos consensos de mercado, importa analisar: por que razão a ação do Banco Comercial Português poderá tornar a ser um ponto estratégico de entrada no setor financeiro em 2025?

Performance Recente e Contexto de Mercado

O Banco Comercial Português encerra maio de 2025 a cotar em €0,6710, refletindo uma valorização acumulada de +84,7% no último ano e mais de +50% no último semestre. Esta trajetória confirma o impressionante retorno para quem apostou no BCP no início da atual tendência ascendente, sinalizando confiança reforçada dos investidores institucionais e de retalho no modelo de negócio e na gestão. A valorização semanal de +7,02%, superior à média do setor e dos principais índices nacionais, é suportada por eventos corporativos de alta relevância:

• Upgrade de rating pela Moody’s, com perspetiva estável, posicionando o BCP num patamar de menor risco de crédito.
• Anúncio de recompra de ações até €200 milhões, reforçando o compromisso com a maximização de valor para o acionista.
• Recente Assembleia-Geral e divulgação de resultados trimestrais sólidos a 21 de maio de 2025.

No plano macroeconómico, o setor bancário beneficia em Portugal de um contexto favorável, com crescimento económico robusto, expansão do crédito, elevada liquidez e taxas de juro estáveis. O BCP soube capitalizar esta conjuntura, respondendo com agilidade às exigências regulatórias e antecipando tendências de digitalização e eficiência operacional, consolidando assim a sua liderança.

Análise Técnica

A radiografia técnica da ação do BCP identifica uma configuração claramente favorável a movimentos adicionais de subida:

• RSI (14 dias) em 62,58 sugere entrada em território de compra, com espaço significativo até sinais de sobrecompra extremos.
• MACD positivo (0,006) reforça o momento bullish, validado pela tendência ascendente das médias móveis.
• Estocástico (80,53) indica pressão compradora, ainda que já em níveis elevados — sinal comum em fases de aceleração de tendência.

As médias móveis de 20, 50, 100 e 200 dias estão todas abaixo da cotação atual, ilustrando um padrão de sustentação técnica rara e sustentada em títulos de grande capitalização do PSI 20. O suporte chave em €0,64 serviu recentemente como base sólida para reversões, enquanto a resistência imediata em €0,68 está novamente em teste, apontando para possível extensão até à resistência secundária dos €0,72 (+9,37% face ao valor atual).

O sinal de curto prazo permanece "muito bullish", e o de médio prazo "bullish", apoiando a tese de que o BCP poderá estar a entrar numa nova fase de valorização, impulsionada por fatores tanto técnicos quanto fundamentais.

Análise Fundamental

Sob o prisma fundamental, o BCP revela robustez ímpar entre os pares ibéricos e até europeus, reforçando argumentos para uma reavaliação positiva do seu valor em bolsa:

• Lucro líquido do 1º trimestre de 2025 sobiu para €243,5 milhões (+3,9% ano/ano), evidenciando forte resiliência operacional e eficiência na contenção de custos — o cost-to-income ratio melhorou para 37,4%.
• ROE elevado, de 13,9%, confirma rentabilidade superior à média setorial, traduzindo ganhos consistentes para os acionistas.
• Receita líquida de juros cresceu 3,6%, refletindo a normalização das margens em ambiente de taxas estabilizadas.

Em termos de avaliação relativa, o PER de 11,18 é competitivo num contexto de mercados desenvolvidos, com potencial de rerating caso a tendência de crescimento se mantenha. O dividendo anunciado de €0,02 por ação (yield de 2,57%, a liquidar já em junho) reforça o apelo para investidores que procuram rendimento num contexto de baixa inflação.

O banco destaca-se ainda por:

• Qualidade dos ativos: redução contínua das exposições não produtivas (NPE) em €232 milhões face a 2024.
• Rácios de solvência excecionais: CET1 de 15,9% e capital total de 20%, bem acima dos mínimos regulatórios europeus.
• Liderança digital: crescimento de 9% na base de clientes móveis, garantindo capacidade de resposta às tendências de consumo.

Notoriamente, a diversificação geográfica — com operações relevantes na Polónia e Moçambique, além do core em Portugal — adiciona robustez ao business case.

Volume e Liquidez

A ação do BCP apresenta volume médio diário superior a 88 milhões de ações, sublinhando elevada liquidez e participação ativa dos mercados. Esta liquidez confere ao investidor conforto para gerir posições em qualquer horizonte temporal, permitindo execução eficiente tanto para entradas táticas de curto prazo como para acumulação sistemática numa ótica de longo prazo. O free float elevado — com 43% do capital disperso em investidores de retalho e 40% detido por empresas — propicia uma avaliação dinâmica, frequentemente impulsionada por fluxos institucionais, upgrades de cobertura e eventos corporativos.

Catalisadores e Perspetivas Positivas

O pipeline de catalisadores do BCP para o restante de 2025 e para 2026 permanece robusto:

• Programa de recompra de ações sustentado em resultados operacionais de qualidade.
• Melhoria constante da qualidade dos ativos, incluindo forte redução das NPE, preparando o banco para ciclos macroeconómicos menos exuberantes.
• Fortíssima liquidez (LCR de 354%, NSFR de 180%), facilitando expansão do crédito e resiliência face a choques exógenos.
• Rendimento do dividendo consistente, com espaço para aumentos em futuras distribuições, dada a evolução do payout.
• Expansão digital e inovação, nomeadamente via novas funcionalidades na app mobile e serviços fintech.

Em termos de contexto setorial, a manutenção de taxas de juro favoráveis, o crescimento do PIB nacional, o aumento do consumo privado e o reforço da supervisão bancária europeia proporcionam terreno fértil para crescimento sustentável do BCP. Adicionalmente, a presença do banco em geografias com potencial acima da média permite beneficiar diretamente de tendências demográficas e de bancarização em mercados emergentes.

Estratégias de Investimento

Considerando a atual estrutura técnica e fundamental, o BCP oferece atratividade para múltiplos horizontes de investimento:

• Curto prazo: A aproximação ao patamar de resistência de €0,68 pode permitir movimentos rápidos de valorização até à próxima resistência em €0,72. A volatilidade de 35,94%, embora superior à média do índice, proporciona oportunidades de trading tático, especialmente em períodos de divulgação de resultados e operacionais.
• Médio prazo: O contexto de melhoria contínua dos indicadores, a robustez dos rácios e a execução de programas de recompra sugerem potencial de rerating, com possível aproximação ao preço-alvo consensual dos analistas (€0,69) e quiçá superior dependendo de surpresas positivas nos próximos trimestres.
• Longo prazo: Para investidores com perspetivas de horizonte mais amplo, o BCP alia uma posição de liderança em Portugal a uma crescente disciplina financeira e agressiva agenda digital, preparando-se para capturar quota em segmentos de elevado crescimento (jovens, mobile-first, mercados emergentes), suportado numa cultura de prudência e inovação. Entradas junto a suportes confirmados ou em antecipação a catalisadores futuros (pagamento de dividendos, divulgação de resultados, novas iniciativas ESG) parecem particularmente bem posicionadas.

Será Este o Momento Certo Para o Banco Comercial Português?

Os dados recentes convergem para um cenário de elevada atratividade: crescimento sólido dos resultados, métricas de eficiência a superar benchmarks, melhoria contínua da qualidade do balanço, reforço da relação com os acionistas (via dividendos e buybacks) e sinais muito encorajadores do ponto de vista técnico e de liquidez. O valor intrínseco da ação, aliado à dinâmica operacional e à capacidade de executar em múltiplos contextos, parece justificar um renovado interesse por parte dos investidores mais atentos.

Num momento em que o sentimento de mercado permanece favorável ao setor financeiro na Europa — mas ainda com oportunidades menos evidentes em grandes índices —, o Banco Comercial Português apresenta-se como um caso de investimento equilibrado entre potencial de crescimento, capacidade de remuneração do acionista e resiliência a cenários macroeconómicos menos consensuais.

Para quem pretende exposição a títulos bancários sólidos, com potencial de rerating e dividendos crescentes, o BCP reúne um conjunto de argumentos que dificilmente podem ser ignorados nesta fase do ciclo. Num contexto de contínua valorização dos fundamentais e momentum positivo nos mercados, o Banco Comercial Português configura-se como uma oportunidade que merece avaliação cuidada e ponderada, especialmente por quem privilegia o equilíbrio entre crescimento, rendimento e solidez.

O Banco Comercial Português demonstra, assim, um posicionamento excecional para continuar a surpreender positivamente, configurando-se como uma das oportunidades mais convincentes no panorama de ações portuguesas em 2025.

Como comprar ações do Banco Comercial Português em PT?

Comprar ações do Banco Comercial Português (BCP) online é hoje um processo simples e seguro, desde que utilize um broker regulado em Portugal ou na União Europeia. Pode fazê-lo de duas formas principais: através da compra direta de ações (à vista), tornando-se acionista, ou através de instrumentos derivados, como CFDs (Contratos por Diferença), para quem procura operar com alavancagem. Ambas estas modalidades oferecem vantagens distintas dependendo do seu perfil de investidor – saiba mais sobre as diferenças e veja a nossa comparação de brokers mais abaixo nesta página.

Compra à Vista

A compra à vista implica adquirir efetivamente ações do Banco Comercial Português na bolsa Euronext Lisboa, tornando-se proprietário das mesmas e beneficiando, por exemplo, de dividendos ou direitos de voto. Habitualmente, os brokers portugueses e europeus cobram uma comissão fixa por cada ordem, tipicamente entre 2 € e 8 €, dependendo do montante investido e da plataforma escolhida.

Exemplo prático

Se o preço da ação do BCP é de 0,67 €, com um investimento de 1.000 € (considerando uma comissão de 5 €), pode adquirir cerca de 1.485 ações [((1.000 € - 5 €) / 0,67 € ≈ 1.485)].

✔️ Cenário de valorização:

Se o preço da ação subir 10%, o valor da sua posição passa para cerca de 1.100 € (1.000 € + 10%), antes de impostos.

Resultado: +100 € de mais-valia bruta, ou seja, +10% sobre o investimento inicial.

Negociação via CFD

Negociar CFDs sobre ações do Banco Comercial Português significa especular sobre a evolução do preço da ação, sem adquirir o ativo subjacente. Esta modalidade permite operar com alavancagem – ou seja, pode controlar um valor superior ao capital investido, sendo que os custos principais residem no spread (diferença entre preço de compra e venda) e numa taxa diária de financiamento (overnight fee) para posições abertas de um dia para o outro.

Exemplo prático

Com uma aposta de 1.000 € e alavancagem de 5x, terá uma exposição ao mercado de 5.000 €.

✔️ Cenário de valorização:

Se o preço da ação subir 8%, o seu ganho potencial é de 8% x 5 = 40%, ou seja, +400 € de plusvalia (antes de deduzir custos de spread e overnight).

Resultado: +400 € de ganho sobre um investimento de 1.000 € – mas lembre-se, o risco de perda também aumenta nesta modalidade.

Conselho final

Antes de investir, é fundamental comparar as tarifas, condições de negociação, plataformas e nível de serviço dos diferentes brokers disponíveis em Portugal. A escolha entre compra direta e negociação com alavancagem deve adequar-se aos seus objetivos pessoais e perfil de risco. Para facilitar a sua decisão, consulte o nosso comparador de brokers mais abaixo nesta página — e invista de forma informada e responsável.

As nossas 7 dicas para comprar ações do Banco Comercial Português

As últimas notícias sobre o Banco Comercial Português

BCP regista desempenho destacado na Euronext Lisboa, valorizando 7,02% na última semana. Nas últimas sete sessões, as ações do Banco Comercial Português atingiram €0,6710, refletindo não só um movimento positivo intradiário de 1,33%, como também consolidação de tendência bullish observada em todos os horizontes de médias móveis. Os indicadores técnicos apontam para momento de forte procura: RSI em território de compra (62,58) e MACD em positivo, sinalizando continuidade do interesse dos investidores locais e institucionais perante resultados sólidos e expectativas de valorização.

O banco anuncia distribuição de dividendos, com rendimento de 2,57% e datas relevantes para investidores portugueses. O BCP confirmou o pagamento de €0,02 por ação, com data ex-dividendo a 18 de junho de 2025 e liquidação a 19 de junho. Esta política de remuneração acentua a atratividade do título especialmente entre investidores domésticos que valorizam rendimentos recorrentes, sendo os dividendos elegíveis para planos de poupança em ações (PEA). Este anúncio, conjugado com o PER de 11,18 e uma robusta capitalização, suporta perceção de valor e confiança no setor financeiro nacional.

Resultados do primeiro trimestre superam expectativas, com subida de 7,6% no lucro líquido em Portugal. Entre janeiro e março de 2025, o BCP atingiu €218,9 milhões de lucro líquido no mercado português, refletindo um aumento significativo face ao período homólogo. Em paralelo, a receita operacional líquida cresceu 4,7%, a rentabilidade do capital próprio (ROE) situa-se em 13,9% e o cost-to-income ratio desce para 37,4%, evidenciando maior eficiência operacional. Estes indicadores confirmam a capacidade do banco em gerar valor e expandir negócio no mercado nacional, beneficiando diretamente o acionista português.

A Moody’s melhorou o rating do banco para nível estável, reforçando a imagem de solidez perante o mercado. Durante o mês de maio, a agência Moody’s atribuiu ao BCP uma revisão positiva do seu rating com outlook estável, após divulgação dos resultados trimestrais e fortalecimento dos rácios de capital: CET1 de 15,9% e rácio total de 20,0%. Este upgrade sustenta maior confiança de investidores e do setor financeiro português no banco, traduzindo expectativas favoráveis de acesso a financiamento e resiliência perante potenciais riscos macroeconómicos.

BCP destaca forte liquidez, melhoria da qualidade dos ativos e estratégia orientada para o crescimento digital. O banco consolidou indicadores superiores de liquidez (LCR de 354% e NSFR de 180%), reduziu em €232 milhões as exposições problemáticas (NPE) desde março de 2024 e ultrapassou o patamar de 7 milhões de clientes, impulsionado por um crescimento de 9% em utilizadores móveis. Este progresso reflete a aposta do BCP na modernização de serviços e digitalização, fundamentais para reforçar liderança no mercado português e melhorar o potencial de rentabilidade nos próximos exercícios.

FAQ

P. Laurore

Especialista em finanças

Co-fundadora da HelloSafe e detentora de um mestrado em finanças, Pauline tem uma experiência reconhecida em finanças pessoais, que utiliza para ajudar os utilizadores a compreender melhor e a otimizar as suas escolhas financeiras. Na HelloSafe, Pauline desempenha um papel fundamental na conceção de conteúdos claros e educativos sobre poupanças, investimentos e finanças pessoais. Apaixonada pela educação financeira, Pauline esforça-se, em cada conteúdo que supervisiona, por fornecer informações fiáveis, transparentes e imparciais para uma gestão financeira independente e informada. Para tal, testou mais de 100 plataformas de negociação para ajudar os utilizadores da Internet a fazerem as escolhas certas.