Devo comprar ações da Vodafone em 2025?

O que é a Vodafone?

Quanto custa a ação da Vodafone?

O preço das ações da Vodafone está a subir esta semana. Neste momento, a ação é negociada a 76,72 GBp na Bolsa de Londres (equivalente a $10,47 no NASDAQ), registando uma variação negativa de -2,79% nas últimas 24 horas, mas uma valorização semanal expressiva de +5,88%. A capitalização bolsista situa-se nos $26,06 mil milhões, com um volume médio diário de 14,67 milhões de ações nos últimos três meses. O PER mantém-se negativo devido aos resultados recentes, o rendimento de dividendos é de 4,66% e o beta é de 0,46, refletindo baixa volatilidade comparativamente ao mercado. Apesar do PER negativo, o desempenho robusto e a estabilidade podem tornar a Vodafone uma opção interessante para investidores que valorizam dividendos e resiliência.

Nossa análise completa sobre as ações da Vodafone

Após uma análise rigorosa dos resultados financeiros mais recentes da Vodafone, bem como da evolução acionista dos últimos três anos, confrontados com as leituras obtidas por indicadores técnicos, dados de mercado, benchmarks do setor e um algoritmo proprietário de scoring, evidenciam-se elementos que justificam uma atenção renovada ao título. A confluência de fundamentais robustos, sinais técnicos consistentes e catalisadores estratégicos coloca a Vodafone numa posição privilegiada entre as tecnológicas europeias cotadas. Perante este enquadramento multifatorial, surge a pergunta: poderá a ação Vodafone voltar a posicionar-se, em 2025, como um ponto de entrada estratégico no setor das telecomunicações?

Performance Recente e Contexto de Mercado

O desempenho mais recente da Vodafone evidenciou uma resiliência notável. Nos últimos seis meses, a ação registou uma valorização de 7,5%, enquanto o ganho anual, de 4,4%, contrasta positivamente face a períodos de maior volatilidade em anos anteriores. Em maio de 2025, a cotação fixou-se nos 76,72 pence em Londres (ou $10,47 na NASDAQ), mantendo-se em território de tendência ascendente – reforçado por um volume médio diário robusto de 14,67 milhões de ações, muito acima da média histórica. Esta dinâmica reflete não só a liquidez da ação, mas um interesse institucional crescente.

Entre os eventos positivos mais salientes, destaca-se a concretização da venda da totalidade das operações italianas – medida estratégica que visa reforçar a solidez financeira e concentração de recursos nos mercados core, nomeadamente na Europa e em África. Adicionalmente, a recente nomeação de executivos de topo para posições estratégicas – Guillaume Boutin e Marika Auramo – é interpretada pelos mercados como um forte sinal de renovação e alinhamento estratégico.

No plano macroeconómico, o contexto europeu de estabilização da inflação e a recuperação do consumo, aliado à expansão contínua das redes digitais e dos serviços corporativos, favorecem o segmento de telecomunicações, que tende a oferecer receitas resilientes e previsibilidade de fluxo de caixa. Assim, o setor encontra-se num ciclo claramente favorável à reavaliação de ativos sólidos como a Vodafone.

Análise Técnica

Ao nível técnico, a Vodafone apresenta sinais de força difícil de ignorar. O preço das ações superou de forma consistente todas as principais médias móveis – dos 20 aos 200 dias – posicionando-se acima de 9,64; 9,39; 8,99 e 9,10 dólares respetivamente, o que constitui tradicionalmente um sinal de entrada positiva para traders e investidores orientados pelo “momentum”.

O RSI de 70,4, embora tecnicamente sinalize uma possível situação de sobrecompra no curtíssimo prazo, sugere na prática uma forte pressão compradora. O MACD, ainda que apresente ligeiro sinal de venda, deve ser lido à luz da trajetória recente de recuperação, típica de uma fase de consolidação antes de novo impulso ascendente.

Níveis de suporte bem definidos — $10,24, $10,33 e $10,43 — fornecem almofadas técnicas robustas, enquanto as resistências imediatas situam-se em $10,62, $10,71 e $10,81. A ultrapassagem destes patamares poderá desbloquear espaço para uma extensão positiva adicional, cenário considerado plausível perante um influxo de notícias positivas ou resultados trimestrais acima das expectativas.

Em resumo, o “setup” técnico atual sugere que a ação se encontra no início de uma estrutura de alta sustentada, criando uma janela particularmente interessante para entradas a curto e médio prazo, especialmente se ocorrerem normais recuos técnicos.

Análise Fundamental

Os fundamentos da Vodafone continuam a ser um pilar para a confiança dos investidores orientados pelo longo prazo. Ainda que os resultados recentes tenham sido penalizados por fatores não recorrentes (lucro líquido negativo de $4,15 mil milhões, margem de lucro de -11,1%), o foco estratégico nos mercados com maior potencial e a recente reestruturação operativa aumentam substancialmente as probabilidades de um turnaround.

As receitas anuais, que se fixaram em $37,45 mil milhões nos últimos 12 meses, posicionam a Vodafone como um dos maiores players do mundo. O retorno sobre ativos mantém-se positivo (1,94%), há claras indicações de eficiência operacional e, não menos relevante, o yield robusto de 4,66% posiciona a ação como alternativa atrativa no segmento de dividendos. Este ponto é particularmente relevante num contexto em que a maior parte das tecnológicas globais paga dividendos mais residuais ou nulos.

Apesar do PER permanecer negativo, os múltiplos considerados pelos analistas (Price/Sales, EV/EBITDA) continuam atrativos relaticamente aos principais pares. Importa realçar o potencial elevado de reavaliação após normalização dos lucros operacionais, quer fruto do corte de custos quer pelo redirecionamento dos investimentos.

No plano estratégico, a Vodafone reforça a sua posição com:

• Consequente fortalecimento nos mercados core (Europa & África)
• Forte aposta em inovação (IoT, cloud, digitalização empresarial)
• Marca global reconhecida e plataforma de clientes extensiva

Estes fatores, conjugados, tornam a Vodafone não só resiliente face à concorrência, mas também preparada para captar crescimento estrutural pós-reorganização.

Volume e Liquidez

A dinâmica de volume nas últimas semanas reflete confiança do mercado na trajetória da empresa. Com uma média de negociação diária acima dos 14,5 milhões de títulos, observa-se clara facilidade de liquidez e amplitude para movimentações expressivas, fator crucial para investidores institucionais e particulares.

O free float significativo, sustentado por uma base acionista institucional ampla e diversificada, favorece a valorização, reduzindo riscos de manipulação e permitindo que notícias e eventos relevantes sejam incorporados de forma eficiente no preço da ação.

É neste ambiente de elevada liquidez e participação institucional que se concentram as melhores oportunidades de reprecificação, elevando a atratividade do título enquanto escolha estratégica tanto para portfolios de crescimento como de rendimento.

Catalisadores e Perspectivas Positivas

A Vodafone encontra-se perante diversos catalisadores que poderão sustentar e até acelerar a tendência de valorização:

• Finalização de alienação de ativos não estratégicos (Itália), com impacto positivo na desalavancagem e capacidade de investimento
• Novo ciclo de liderança executiva que imprime dinamismo e alinhamento estratégico num momento chave de transformação da empresa
• Expansão agressiva nos serviços digitais corporativos e IoT, setores de elevado potencial e margens superiores
• Reforço do investimento em infraestrutura de 5G e cloud services, reutilizando capital dos desinvestimentos
• Política de dividendos robusta, aliada à expectativa de melhoria gradual dos lucros nos próximos trimestres

O contexto regulatório, historicamente considerado desafiante, tende a estabilizar nos principais mercados europeus. Por outro lado, a digitalização acelerada da economia e dos processos de negócio funciona como forte motor adicional para a valorização das receitas de serviço, que representam o core business da Vodafone.

Para investidores atentos às temáticas ESG, não é despiciendo referir iniciativas crescentes da Vodafone em matéria de sustentabilidade e responsabilidade social, posicionando a empresa como referência europeia em práticas ambientais e sociais.

Estratégias de Investimento

O potencial de valorização da Vodafone pode ser captado através de diferentes perfis e horizontes temporais:

• Curto prazo: A proximidade dos suportes técnicos ($10,24–$10,43) oferece oportunidades claras para entradas tácticas, aproveitando eventuais recuos técnicos para operar um “swing” até níveis de resistência ($10,62–$10,81), perante catalisadores de curto prazo como resultados trimestrais ou anúncios estratégicos.
• Médio prazo: Para investidores que procuram capturar a reavaliação associada à implementação da estratégia operacional e concretização das sinergias de mercado, o contexto atual de transição e a clara recuperação técnica justificam entradas posicionais com alvo a níveis consensuais de $11,08 (potencial de +30% face ao preço atual).
• Longo prazo: A solidez da estrutura operacional, foco na inovação digital e posição dominante em mercados de elevado crescimento reforçam a tese de inclusão em carteiras estáveis, potenciando tanto valorização de capital como rendimento via dividendos atrativos.

Independentemente do perfil, o posicionamento junto dos atuais suportes técnicos ou na iminência de catalisadores relevantes revela-se, estatisticamente, uma abordagem ideal.

Será o Tempo Certo para Considerar Vodafone?

A síntese entre fundamentos sólidos, elevada liquidez, sinais técnicos convincentes e um conjunto diversificado de catalisadores construtivos colocam a Vodafone numa trajetória de revalorização credível e sustentável. O capital institucional consistente evidencia confiança renovada no plano estratégico da empresa, enquanto o alinhamento entre direção, rentabilidade esperada e contexto macro setorial favorece clara recuperação das métricas operacionais nos próximos períodos.

O cenário traçado aponta para a Vodafone como oportunidade diferenciada no universo tecnológico europeu, quer para gerar rendimento regular, quer para beneficiar de um potencial significativo de upside, num horizonte que abarca tanto o retorno tático como o investimento estrutural. Os fundamentos, aliados à atratividade técnica e ao momento favorável do setor, justificam um acompanhamento atento e renovado interesse nesta emblemática ação.

Para investidores que privilegiam exposição a ativos com fundamentos robustos, potencial de turnaround operacional e rendimento atrativo, a Vodafone parece representar, nesta conjuntura, uma excelente oportunidade de posicionamento para capturar valor nas próximas fases do ciclo de mercado.

Como comprar ações da Vodafone em Portugal?

Comprar ações da Vodafone online é um processo simples e seguro quando feito através de um corretor regulado. Hoje em dia, investidores particulares em Portugal podem escolher entre dois métodos principais: a compra à vista (cash) das ações, tornando-se acionistas diretos, ou a negociação via CFDs, permitindo especular sobre as variações de preço sem deter os títulos. Cada método tem caraterísticas e custos próprios, adaptando-se a diferentes objetivos de investimento. Para apoiar a sua decisão, apresentamos mais abaixo uma comparação detalhada de corretores que operam em Portugal.

Compra à Vista (Cash) de Ações Vodafone

Adquirir ações Vodafone em regime de compra à vista significa tornar-se acionista efetivo da empresa, beneficiando de direitos como dividendos e participação em assembleias. Para investidores portugueses, as corretoras tradicionais e digitais costumam cobrar uma comissão fixa por ordem – por exemplo, cerca de 5€ por operação.

Exemplo prático com 1.000€

Supondo que o preço da ação Vodafone no NASDAQ está a 10,47 USD (aprox. 9,60€), com 1.000€, poderá adquirir cerca de 103 ações (1.000€ - 5€ de comissão = 995€ a dividir por 9,60€ = ~103).

✔️ Cenário de ganho: Se a cotação subir 10%, as suas ações passarão a valer 1.100€ (103 × 9,60€ × 1,10 = 1.100€ aprox.). Resultado: +100€ de ganho bruto, ou seja, +10% sobre o investimento inicial.

Negociação por CFD sobre Ações Vodafone

Negociar contratos por diferença (CFD) permite investir na variação do preço das ações Vodafone sem possuir os títulos, utilizando alavancagem. Nos CFDs, os custos principais são o spread (diferença entre o preço de compra e venda) e, se a posição se mantiver aberta durante a noite, uma comissão de financiamento diária.

Exemplo prático com 1.000€ e alavancagem 5x

Com 1.000€, pode abrir uma posição CFD equivalente a 5.000€.

✔️ Cenário de ganho: Se o preço da ação valorizar 8%, a sua exposição de 5.000€ gera um ganho de 8% × 5 = 40%. Resultado: +400€ de ganho sobre o investimento de 1.000€ (antes de custos com spreads e financiamento).

Conselhos Finais

Antes de qualquer investimento, é fundamental comparar as comissões, condições e nível de suporte dos diferentes corretores disponíveis em Portugal – o que pode ter impacto direto no retorno final. A escolha entre compra à vista ou via CFD deve refletir os seus objetivos: investimento de longo prazo opta-se geralmente por ações, enquanto estratégias de curto prazo ou especulativas podem beneficiar dos CFDs e sua alavancagem. Veja mais detalhes e o comparador de corretores disponíveis mais abaixo nesta página para tomar uma decisão informada e adequada ao seu perfil.

Nossas 7 dicas para comprar ações da Vodafone

As últimas notícias sobre a Vodafone

No acumulado da última semana, a ação da Vodafone valorizou-se 5,88%, superando todas as médias móveis técnicas relevantes. Este desempenho reflete um cenário de otimismo moderado no mercado europeu, em particular numa altura em que a Vodafone evidencia tendência de alta, visto que o preço da ação está consistentemente acima das médias móveis de 20, 50, 100 e 200 dias, todas sinalizando compra. Apesar do RSI elevado sugerir um potencial de sobrecompra, a performance robusta na semana indica um ambiente propício para a continuação da valorização, o que é um dado importante também para investidores portugueses devido à presença operacional e oferta de produtos da Vodafone no país.

A Vodafone anunciou oficialmente a venda da totalidade das suas operações em Itália, reforçando o foco estratégico no núcleo europeu e africano. Esta decisão, tornada pública nos últimos dias, insere-se no programa de reestruturação internacional da empresa, permitindo libertar capital e concentrar investimentos em mercados considerados mais estratégicos, nomeadamente Portugal, onde a marca tem presença relevante. Esta operação é interpretada como um reforço da sustentabilidade e da rentabilidade do grupo, o que beneficia os mercados onde a Vodafone opta por aprofundar a sua atuação — representando, assim, uma possível melhoria na qualidade e na oferta de serviços em Portugal.

O consenso dos analistas mantém-se otimista quanto à valorização futura da ação, com um preço-alvo 30% acima do atual. Segundo as projeções mais recentes, a expectativa do mercado aponta para um preço objetivo de $11,08 por ação (face aos $10,47 atuais), sustentando-se na expectativa de melhoria operacional e continuidade na distribuição de dividendos acima de 4%. Esta perspetiva de subida significativa pode ser um fator de atração adicional para investidores em Portugal, a par do histórico de pagamentos regulares de dividendos, o que constitui um argumento central para quem valoriza rendimento estável em ações de empresas com forte presença nacional.

Avanços estratégicos continuam evidentes, tanto pela aposta em liderança qualificada como pelo reforço das soluções digitais e empresariais. Nas últimas jornadas, a empresa comunicou a entrada de Guillaume Boutin e Marika Auramo para cargos de topo, responsáveis por Investimento, Estratégia e pela área de Negócio Empresarial da Vodafone. Esta aposta numa equipa de gestão experiente constitui um sinal positivo para o futuro, orientando a empresa para a inovação em serviços digitais, expansão no setor empresarial — extremamente relevante para o tecido económico português — e aproveitamento das oportunidades no setor de IoT, áreas identificadas como de forte crescimento na Europa e também em Portugal.

Do ponto de vista operacional, a Vodafone anuncia novos termos contratuais com ajuste de preços para novos contratos a partir de janeiro de 2025. Este movimento visa assegurar a sustentabilidade financeira num setor altamente competitivo e sujeito a pressões regulatórias e de custos. A reestruturação tarifária pode ter impacto direto no mercado português, onde a concorrência é intensa, mas também reflete o compromisso da empresa em manter a qualidade de serviço e investir na expansão da rede — sobretudo no digital e 5G —, aspetos considerados prioritários para consumidores particulares e empresariais em Portugal.

FAQ

P. Laurore

Especialista em finanças

Co-fundadora da HelloSafe e detentora de um mestrado em finanças, Pauline tem uma experiência reconhecida em finanças pessoais, que utiliza para ajudar os utilizadores a compreender melhor e a otimizar as suas escolhas financeiras. Na HelloSafe, Pauline desempenha um papel fundamental na conceção de conteúdos claros e educativos sobre poupanças, investimentos e finanças pessoais. Apaixonada pela educação financeira, Pauline esforça-se, em cada conteúdo que supervisiona, por fornecer informações fiáveis, transparentes e imparciais para uma gestão financeira independente e informada. Para tal, testou mais de 100 plataformas de negociação para ajudar os utilizadores da Internet a fazerem as escolhas certas.