Devo comprar ações da BBVA em 2025?

O que é o BBVA?

Quanto vale a ação do BBVA?

O preço da ação do BBVA está a descer esta semana. Atualmente, cada ação do BBVA está cotada a €13,27, refletindo uma queda de -3,03% nas últimas 24 horas e de -1,85% na última semana. A capitalização bolsista situa-se nos €87,66 mil milhões, com um volume médio negociado de 1,26 milhões de ações nos últimos três meses. O rácio preço/lucro (P/E) está em 8,16, o rendimento de dividendo é de 5,05% e o beta atinge 1,38, sinalizando maior volatilidade face ao mercado. Esta dinâmica pode oferecer oportunidades interessantes para investidores atentos à oscilação dos mercados europeus.

Nossa análise completa sobre as ações do BBVA

Ao revisarmos os resultados financeiros mais recentes do BBVA e avaliarmos o desempenho das suas ações nos últimos três anos, com o suporte de algoritmos próprios que agregam indicadores financeiros, sinais técnicos, dados de mercado e comparativos entre concorrentes, emergem evidências claras de resiliência e potencial ascendente na trajetória do banco. Este artigo investiga detalhadamente a robustez do BBVA face ao atual contexto e a combinação singular de fatores que sustentam a confiança do mercado no ativo. Assim, porque poderá o BBVA voltar a ser considerado um ponto de entrada estratégico no setor financeiro europeu em 2025?

Performance Recente e Contexto de Mercado

A trajetória acionista do BBVA nos últimos 12 meses revela uma valorização expressiva de +39,7%, muito acima da média do sector bancário europeu. Destaca-se ainda o crescimento sólido nos últimos seis meses (+21,4%), mesmo após algum abrandamento intradiário e semanal, ambos justificados por movimentos de consolidação típicos de valores que atingem novos máximos.

Entre os eventos mais positivos, realça-se o notável desempenho dos resultados do primeiro trimestre de 2025, superando as expectativas dos analistas e evidenciando um lucro líquido de €2,7 mil milhões—um crescimento de +23% face ao período homólogo. A iniciativa de recompra de ações lançada em janeiro (€993 milhões) e a emissão de dívida subordinada para reforço do Tier 2 demonstram prudentemente a capacidade de gestão de capital do grupo.

O contexto macroeconómico permanece amplamente favorável para o setor bancário europeu, com a normalização da política monetária e expectativas de crescimento económico moderado para a Zona Euro e os principais mercados emergentes do BBVA. Destaca-se a liderança no México, onde a resiliência do consumo e da concessão de crédito continuam a alimentar o crescimento orgânico.

Análise Técnica

Do ponto de vista técnico, o BBVA exibe sinais consistentes de força relativa. O seu preço atual (€13,27) está claramente acima das médias móveis de 50, 100 e 200 dias (€13,42, €12,78 e €10,41, respetivamente), sugerindo a manutenção de uma dinâmica tendencial positiva no médio-longo prazo. O RSI (50,68) situa-se em zona neutra, não apontando para excesso de compras ou vendas, o que normalmente antecipa espaço para progressão adicional.

O MACD, em terreno positivo (+0,27), reforça a leitura de momentum otimista, apesar de possíveis pausas de consolidação a curto prazo. As zonas de suporte robusto em €12,50 e €11,00 têm sustentado eventuais correções, enquanto resistências nos €14,80 e €15,40 representam referenciais suscetíveis de serem superados com a chegada de catalisadores adicionais—como a possível conclusão da OPA sobre o Banco Sabadell.

Além disso, o posicionamento em máximos relativos, aliado à ausência de sinais de exaustão técnica, indica uma estrutura favorável para entradas graduais por parte de investidores orientados tanto para o curto como para o médio prazo.

Análise Fundamental

Os fundamentais do BBVA permanecem excepcionais dentro do panorama europeu, espelhados no crescimento anual da receita estimado entre 8 e 10% para 2025 e numa geração de lucro por ação robusta (EPS trimestral de €0,45, +24%). A rentabilidade, medida pelo retorno sobre o capital tangível (ROTE), situa-se nos 20,2%—um patamar de excelência entre os pares do setor.

O banco exibe ainda um dos múltiplos de valorização mais atraentes: negociação a um PER de 8,16, comparativamente inferior à média dos concorrentes internacionais, com um rendimento de dividendo muito interessante (5,05%). Em períodos historicamente de subida de taxas e expansão do crédito, este binómio preço-lucro/dividendo reforça a atratividade da ação como veículo de valorização e geração de rendimento.

Do ponto de vista estrutural, o BBVA tem apostado fortemente na digitalização, alcançando 66% de novos clientes através de canais digitais e obtendo grande reputação pelo pioneirismo sustentável—com metas de financiamento verde ambiciosas (€700 mil milhões para 2025-2029) e €28,8 mil milhões direcionados só no primeiro trimestre de 2025. O crescimento acelerado do segmento corporate & investment banking (+41,5% de lucro líquido) ilustra a diversificação bem-sucedida.

Salienta-se ainda a rigidez da sua base de capital, com CET1 de 13,09%, e a distribuição geográfica equilibrada, que proporciona resiliência face a flutuações regionais.

Volume e Liquidez

O volume médio diário de negociação, situado em 1,26 milhões de ações, sugere forte liquidez e confiança renovada do mercado institucional e dos investidores particulares. O elevado free float (cerca de 99%) permite ajustamentos dinâmicos na avaliação do ativo, reduzindo o risco de movimentos atípicos ou manipulações. Esta liquidez acrescida é particularmente relevante em períodos de volatilidade, permitindo execução eficiente e uma avaliação de preço justa e fluída.

Catalisadores e Perspetivas Positivas

O horizonte do BBVA está densamente preenchido de catalisadores positivos:

• OPA sobre o Banco Sabadell: A possível aprovação e conclusão desta aquisição poderá gerar importantes sinergias, aumentando a quota de mercado em Espanha, otimizando custos e reforçando a liderança ibérica.
• Expansão no México: Mercado com excelente potencial de crescimento populacional e bancarização, onde o BBVA já lidera e tende a beneficiar do aumento da mobilidade social e digitalização.
• Financiamento sustentável: Metas históricas e já entregues na canalização de crédito para energias renováveis e capital natural, que posicionam o banco como referência europeia em ESG (Environmental, Social and Governance).
• Iniciativas de recompra de ações: Geração de valor adicional para os acionistas por via do aumento da remuneração e reforço do EPS.
• Inovação digital: Constantes melhorias na experiência do cliente e redução dos custos operacionais elevam o potencial de resultado futuro.
• Potencial de subida de rating de crédito: Caso os fundamentais se mantenham em rota de crescimento, existe potencial de subida de rating, fator amplamente atrativo para investidores institucionais.

O sentimento de mercado, amplamente otimista, é sustentado na qualidade dos resultados, estabilidade do balanço e perspetivas de valorização, sem perder de vista a disciplina na gestão de riscos emergentes.

Estratégias de Investimento

O perfil e o contexto atual do BBVA tornam possível traçar estratégias para diferentes horizontes de investimento:

• Curto prazo: A volatilidade recente, com consolidação sobre suportes sólidos e proximidade de potenciais catalisadores (como notícias sobre o Banco Sabadell), pode proporcionar oportunidades táticas para quem visa capturar movimentos rápidos de valorização.
• Médio prazo: A tendência ascendente das médias móveis, aliados ao momentum fundamental e técnico, favorecem quem procura valorização consistente ao longo de meses, beneficiando das melhorias operacionais e expansão internacional.
• Longo prazo: A forte solidez financeira, combinada com uma rentabilidade acima da média, estratégias ESG robustas e um dividendo estável, justifica que investidores de longo prazo incluam o BBVA como elemento de exposição ao setor financeiro global em portefólios diversificados.

O momento ideal para posicionamento poderá ser durante eventuais recuos técnicos para junto do suporte dos €12,50, ou antecipando a formalização de um dos catalisadores referidos—nomeadamente o desfecho da OPA sobre o Banco Sabadell ou o anúncio de novos targets de crescimento digital ou sustentável.

Será Este o Momento Certo para Considerar o BBVA?

A conjugação de múltiplos fatores—crescimento sólido do lucro, posição de liderança em mercados de elevado potencial, valorização atrativa face ao sector, reforço constante da inovação digital e das políticas sustentáveis, aliada a uma clara disciplina de capital—parece justificar um renovado interesse pela ação do BBVA. O seu histórico recente de superação de expectativas, robustez dos rácios financeiros e o alinhamento com as principais tendências (ESG, digitalização, crescimento nos mercados emergentes) suportam uma perspetiva otimista para 2025 e além.

Naturalmente, é prudente ter em conta a exposição a mercados mais voláteis (como a Turquia) e seguir de perto eventos regulatórios importantes, especialmente a formalização da aquisição do Sabadell. Contudo, e tendo em conta a solidez do grupo, estes fatores parecem estar adequadamente refletidos no preço atual—tornando o momento ainda mais relevante para análise e posicionamento de potenciais investidores.

Em suma, a ação do BBVA reúne hoje condições excecionais de valor, visibilidade e crescimento potencial, merecendo um lugar de destaque no radar de quem procura ativos bem posicionados para beneficiar do novo ciclo de expansão do setor bancário europeu e global. A robustez demonstrada, juntamente com as perspetivas estratégicas inovadoras e uma remuneração acionista consistente, sugerem que o BBVA pode estar a iniciar uma nova fase de valorização sustentada.

Considerando o conjunto dos elementos analisados, o BBVA parece apresentar-se como uma oportunidade particularmente interessante para quem procura rendimento, valorização e exposição a um protagonista de referência no universo financeiro internacional.

Como comprar ações do BBVA em PT?

Comprar ações do BBVA online é hoje um processo simples, rápido e seguro para investidores em Portugal. Basta abrir uma conta numa corretora regulada, que garanta proteção dos seus fundos e acesso direto aos mercados internacionais. Existem essencialmente dois métodos para investir: a compra “à vista” (spot), na qual adquire as ações e passa a ser acionista, e a negociação de CFDs, que permite especular sobre a variação do preço sem posse direta das ações. Abaixo apresentamos as principais diferenças entre estas duas modalidades, seguidas de uma comparação de corretoras para o ajudar a escolher a melhor opção.

Compra à vista

Adquirir ações do BBVA à vista significa comprar efetivamente títulos do banco na Bolsa de Madrid. Após a liquidação da ordem, torna-se proprietário das ações, com direito a dividendos e voto em assembleias. As corretoras portuguesas e internacionais cobram tipicamente uma comissão fixa por ordem, geralmente entre 3€ e 10€ – sendo 5€ um valor comum para ordens online.

Exemplo prático

Se o preço por ação do BBVA é €13,27, com um valor investido de €1.000 e assumindo uma comissão de €5, pode comprar cerca de 75 ações (€1.000 – €5 = €995 dividido por €13,27 ≈ 75).

Cenário de valorização: Se o preço das ações subir 10%, o seu total passa para aproximadamente €1.100.
Resultado: ganho bruto de +€100, ou seja, +10% sobre o investimento inicial.

Negociação por CFD

Negociar CFDs (Contratos por Diferença) sobre as ações do BBVA permite investir na valorização ou desvalorização do título, sem precisar comprar as ações reais. Os CFDs são instrumentos alavancados, onde paga principalmente o spread (diferença de preço) e, caso mantenha a posição de um dia para o outro, taxas de financiamento (overnight). A grande vantagem é a possibilidade de aplicar alavancagem e operar com menos capital.

Exemplo prático

Com €1.000, abre uma posição CFD sobre BBVA com alavancagem 5x, expondo-se a €5.000 do mercado.

Cenário de valorização: Se a ação subir 8%, os seus ganhos serão: 8% × 5 = 40%.
Ou seja, lucro de +€400 sobre a aposta de €1.000 (não considerando custos adicionais como spreads ou taxas de overnight).

Dica final

Antes de investir, compare sempre as comissões, spreads, condições de segurança e funcionalidades das corretoras disponíveis. Cada método adapta-se a perfis diferentes: a compra à vista é ideal para quem pretende investir a médio e longo prazo e receber dividendos; já os CFDs podem ser indicados para quem privilegia a flexibilidade e o trading de curto prazo. Utilize sempre um comparador de corretoras — como o que disponibilizamos mais abaixo — para tomar uma decisão informada e adequada aos seus objetivos pessoais.

Nossas 7 dicas para comprar ações do BBVA

As últimas notícias sobre o BBVA

O BBVA apresentou resultados trimestrais robustos, superando as expectativas do mercado e reforçando a confiança dos investidores. No primeiro trimestre de 2025, o banco registou um crescimento de 23% no lucro líquido em relação ao ano anterior, impulsionado por um aumento considerável da sua carteira de crédito (+15%) e significativa melhoria da eficiência operacional (rácio de 38,2%), situando-se claramente à frente dos principais concorrentes europeus. Esta performance resulta numa elevada rentabilidade (ROTE de 20,2%) e num rácio de capital sólido (CET1 de 13,09%), aspetos que, combinados, sustentam a estabilidade das operações do banco e interessam particularmente aos investidores institucionais portugueses que procuram estabilidade e dividendos acima da média do setor.

A implementação de um novo programa de recompra de ações, no valor de €993 milhões, destaca a capacidade do BBVA em gerar valor sustentado para os seus acionistas. Este movimento, alinhado com a recente valorização da ação (+39,7% em termos anuais), reforça a atratividade do título para investidores profissionais em Portugal, pelo seu potencial de valorização e retorno via dividendos (rendimento atual de 5,05%). A capitalização bolsista robusta do banco (€87,66 mil milhões) e o consenso dos analistas apontando para um objetivo de curso 30% acima do valor atual, são sinais claros da confiança do mercado e fatores de apelo para gestores de carteiras no contexto português.

O BBVA prossegue uma estratégia de expansão digital e sustentabilidade, com impacto crescente nos seus resultados operacionais e reputacionais. Recentemente, mais de dois terços dos novos clientes foram adquiridos através de canais digitais, revelando a eficácia dos investimentos em transformação tecnológica. Simultaneamente, o banco estabeleceu uma meta global de negócios sustentáveis de €700 mil milhões até 2029, canalizando já €28,8 mil milhões no primeiro trimestre deste ano para financiamentos verdes e projetos de energia renovável, setores alinhados com as prioridades ESG das gestoras de ativos portuguesas e do próprio regulador europeu.

A potencial conclusão da aquisição do Banco Sabadell representa um catalisador estratégico com reflexos diretos no mercado ibérico e, consequentemente, no ambiente bancário português. A integração do Sabadell pode reforçar a posição do BBVA no setor financeiro da Península Ibérica, aumentando a sua oferta de produtos, escala operacional e capacidade de competir com outras entidades transnacionais presentes em Portugal. Apesar das incertezas regulatórias que ainda persistem, este movimento é seguido de perto tanto pelas autoridades espanholas como pelas portuguesas, devido ao seu possível efeito de arrastamento e sinergias em operações corporativas no mercado nacional.

O enquadramento fiscal para investidores em Portugal mantém-se favorável, tornando a ação BBVA particularmente interessante para residentes e instituições nacionais. Os dividendos distribuídos pelo banco beneficiam das convenções de dupla tributação em vigor entre Portugal e Espanha, resultando num nível efetivo de tributação (retido na fonte) potencialmente reduzido face ao regime geral, aspecto valorizado por investidores privados e gestores de património locais. Além disso, o título é elegível para contas de investimento com benefícios fiscais em diversos países europeus, incluindo produtos habitualmente oferecidos por plataformas portuguesas de corretagem.

FAQ

P. Laurore

Especialista em finanças

Co-fundadora da HelloSafe e detentora de um mestrado em finanças, Pauline tem uma experiência reconhecida em finanças pessoais, que utiliza para ajudar os utilizadores a compreender melhor e a otimizar as suas escolhas financeiras. Na HelloSafe, Pauline desempenha um papel fundamental na conceção de conteúdos claros e educativos sobre poupanças, investimentos e finanças pessoais. Apaixonada pela educação financeira, Pauline esforça-se, em cada conteúdo que supervisiona, por fornecer informações fiáveis, transparentes e imparciais para uma gestão financeira independente e informada. Para tal, testou mais de 100 plataformas de negociação para ajudar os utilizadores da Internet a fazerem as escolhas certas.